A vida no espaço é mais provável do que se pensava - mas apenas longe da Galáxia

A vida no espaço é mais provável do que se pensava - mas apenas longe da Galáxia
A vida no espaço é mais provável do que se pensava - mas apenas longe da Galáxia
Anonim

Para responder a uma das maiores questões existenciais - como a vida começou - em um novo estudo, os cientistas combinaram modelos biológicos e cosmológicos. O professor Tomonori Totani, do Departamento de Astronomia da Universidade de Tóquio, no Japão, examinou a formação dos blocos de construção da vida no universo - um processo conhecido como abiogênese.

Como temos informações sobre o desenvolvimento apenas de formas de vida terrestres, os cientistas estão procurando por moléculas no espaço, que são a base das estruturas biológicas de todos os organismos vivos na Terra. Essas moléculas, em particular, são moléculas de ácido ribonucleico (RNA). O RNA é um polímero feito de unidades chamadas nucleotídeos. Os pesquisadores que estudam a origem da vida no espaço têm motivos para acreditar que, para a auto-reprodução, que é um pré-requisito para a existência da vida, uma molécula de RNA deve conter de 40 a 100 nucleotídeos. Dado tempo suficiente e condições físicas adequadas, os nucleotídeos em tais quantidades são capazes de se combinar em uma molécula de RNA. No entanto, de acordo com as estimativas atuais, um "número mágico" de 40-100 nucleotídeos acaba sendo impossível para o volume de espaço que contém a porção observável do universo.

A parte observável do Universo contém cerca de 10 ^ 22 estrelas, de acordo com estimativas modernas. Do ponto de vista estatístico, em tal volume de espaço, é provável a formação de cadeias de RNA com comprimento não superior a 20 nucleotídeos. Porém, em seu novo estudo, o professor Totani sugere prestar atenção a outra parte do Universo, chamada de inobservável. Apesar do fato de que esta parte do nosso mundo não pode ser vista, ela, no entanto, hipoteticamente pode existir e até conter cerca de 10 ^ 100 estrelas. Nesse caso, a formação de cadeias de RNA com comprimento de 40-100 nucleotídeos no Universo torna-se mais provável, quase inevitável, constata Totani.

A pesquisa é publicada em Relatórios Científicos.

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